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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

Birdman, ou a cruel inevitabilidade dos espelhos

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Dos filmes que ficam pela certeza de deles se sair diferente do que quando neles se entrou. A esse crivo,  Birdman  piscou um olho de troça e indiferença, atravessando-o na serena certeza do que é. Ao argumento rico nas múltiplas camadas interpretativas que guarda junta-se um elenco que convive na perfeita harmonia do desacerto. Com Michael Keaton à cabeça, protagonista de uma narrativa que será uma visão tristemente sardónica da sua biografia cinematográfica. Diz-nos essa visão que há tão mais para além do Homem-Morcego (calem-se, pois, os que se precipitam nos juízos). Que o digam as asas deste Homem-Pássaro, que voam de facto (?). Mas: para a aspiração ou para a tragédia de quem as ostenta? Eis umas das muitas questões que ficam. Arriscaria dizer que estas asas são de homem. E que todos nós temos asas. E que deveríamos atentar neste filme para lhes compreender a função. 

Ontem, na Centésima Página

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Ao Luís Mourão, a gratidão pelo raro cruzamento com o homem sábio — esse leitor que observa  e diz sereno como quem guarda uma espécie de mundo inteiro. À Centésima Página, uma palavra de grande estima pelo acolhimento — estar em casa é coisa rara. Aos presentes, o agradecimento pela atenção, franqueza e generosidade do silêncio e da voz.    

Teatro Vertical na Centésima Página - com Luís Mourão

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